Uma dúvida constante nos consultórios dos pediatras, o uso de chupetas e mamadeiras deve ser evitado, mas quando o uso é necessário, algumas referências devem ser levadas em consideração. O Blog Homeopatia e Saúde ajuda as mamães a escolher qual as melhores opções do mercado.

 Mamadeira

 downloadO uso da mamadeira não é recomendado pelos pediatras. O ideal é o aleitamento materno, porque além de o leite materno ser o mais indicado na alimentação do bebe (leia aqui), o bico artificial da mamadeira pode fazer a criança respirar pela boca, o que poderá provocar graves problemas respiratórios, de sono, de fala, humor, defeito na arcada dentária e déficit de aprendizagem.

“Os bebes não precisam nunca das mamadeiras se são alimentados ao seio materno até no mínimo os 7-8 meses. Assim bebe consegue estimular a musculatura facial, formar uma boa estrutura óssea facial, e estar apto a usar diretamente um copo. Com 12 meses, se assim seguir, saberá usar o canudinho”, explica Dra. Ana Lucia Dias Paulo, pediatra e homeopata.

Porém há situações em que a mamadeira é necessária, como para as mães que precisam voltar ao trabalho, ao fim da licença maternidade, por exemplo, ou que tiveram algum problema com a amamentação. E quando a mamãe vai atrás de uma mamadeira se depara com tipos de bicos diferentes, tamanhos diversos, capacidade e uma infinidade de informação.

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Tamanhos – Capacidade

 Os tamanhos mais comuns são de 120ml e 240ml, estes tamanhos servem para um bebê de até 6 meses mais ou menos. Depois o indicado é uma mamadeira de 330ml.

 

Bicos da Mamadeira

No mercado é possível encontrar vários tipos de bico de mamadeira sendo que a maioria se encaixa em qualquer mamadeira. São produzidos em látex ou silicone, e possuem vários formatos. O silicone é menos flexível que o látex (borracha), mas é mais resistente. Também há diferenças de tamanho, por idade, e na largura do furo.

 

Dicas:

– Prefira os bicos com formato ortodôntico, para assegurar o bom desenvolvimento da cavidade oral e dos dentes do bebê;

– Dê preferência há bicos de silicone, pois são mais fáceis de limpar e acumulam menos resíduos se comparados ao látex;

– O tamanho do bico está associado à idade do bebê. Então siga as orientações do fabricante na embalagem.

– Preste atenção ao que vai oferecer com aquele bico. Existem 3 tipos de furos que estão relacionados com o tipo de alimento que a criança vai consumir – água, leite ou mingau.

– Os bicos devem possuir dois orifícios: um para a saída do alimento (que deve estar posicionado na parte superior e não na ponta do bico, pois o furo superior favorece a mistura do líquido com a saliva, garantindo uma melhor digestão) e o outro furo deixa entrar o ar, e impede que o bico trave por conta da pressão de ar negativo.

– Bebês que mamam no peito ou que estão aprendendo a usar a mamadeira devem usar o menor furo possível.

– Nunca aumente o tamanho dos furos da mamadeira, pois é extremamente importante que a criança se esforce para sugar o líquido. É desse modo que os músculos da face e a mandíbula, são estimulados para que o seu bebê futuramente tenha um bom desenvolvimento na fala.

– É importante também sempre esterilizar a mamadeira antes de usa-la para o seu bebê não pegar doenças vindas por má higienização da mamadeira.

Importante: Quanto menos tempo de uso da mamadeira é melhor para a criança. O ideal é que a criança seja apresentada ao copo de transição com cerca de 12 meses de idade.

Importante 2: Pediatras recomendam que 2 anos e meio é o limite máximo de uso da mamadeira. E que com a substituição dos dentes de leite pela dentição definitiva, em torno dos 5 anos de idade, em hipótese alguma a criança ainda deve estar fazendo uso de mamadeira.

 

Chupeta

bebe-chupetaA chupeta, assim como a mamadeira, deve ser evitada, pois seu uso contínuo pode ser prejudicial ao bebê futuramente. A sucção da chupeta deixa os músculos das bochechas, lábios e língua flácidos, sem força. Isso trará prejuízos na mastigação e deglutição. Talvez o bebê não conseguirá mastigar os alimentos mais consistentes com facilidade. Além disso, o desenvolvimento da fala também pode ser afetado já que a criança não terá força na musculatura para executar alguns sons.

Outra consequência que a chupeta traz é a alteração da arcada dentária como a mordida aberta e a mordida cruzada assim também para as crianças que chupam o dedo. A criança também pode ficar com os dentes tortos e com a face desarmônica, isto é, um lado do rosto diferente do outro, contribuindo ainda mais para a dificuldade de mastigar, deglutir e falar.

A respiração também pode ser afetada. O uso da chupeta faz com que a criança respire pela boca. A respiração oral pode ocasionar alteração de postura, sono agitado, com ronco, deixando a criança cansada, sem vontade de brincar, desatenta, contribuindo assim para dificuldades escolares.

Mesmo com isso tudo contra, alguns pais sentem que o uso da chupeta acalma o bebê, pois ele sente a necessidade de sempre estar sugando. Então se o bebê tem o hábito de usar a chupeta o ideal é tirar aos poucos entre três ou quatro meses de idade do bebê. Nessa fase a necessidade intensa de sugar de alguns bebês tende a diminuir, assim como as cólicas. Também é nessa fase que eles costumam cuspir a chupeta e não reclamam quando ela cai. Essa é a chance de fazer com que seu filho a abandone.

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Como escolher a melhor chupeta?

Assim como a mamadeira, existem inúmeras opções de chupeta no mercado. Então separamos algumas dicas para auxiliar as mamães.

Dicas:

– O bico da chupeta deve facilitar a movimentação da língua, em conformidade com a sua posição natural, não afetando o desenvolvimento fisiológico da boca do bebê, deve ser estreita na base para facilitar o encaixe da boca, larga e plana para que a língua em repouso possa assumir espontaneamente a sua posição correta, no palato, localizado por trás dos incisivos superiores.

– A chupeta deve ser suave e de formato ligeiramente convexo para facilitar a sucção e assegurar um bom apoio labial. A dimensão do bico da chupeta deve ser apropriada à dimensão do palato para que a língua tenha o espaço necessário ao seu funcionamento, durante as várias fases de crescimento do bebê.

– O material da chupeta deve ser elástico para imitar a capacidade de extensão do mamilo ao mesmo que permite à língua o seu processo natural de sucção. Deve ser ainda muito macia para que a chupeta se adapte com perfeição à anatomia da boca, para que a língua faça o mínimo de esforço ao elevar-se contra o palato, de modo a preservar o movimento fisiológico ondulante, que ativa os músculos usados na deglutição do bebê.

– Os especialistas falam que a chupeta deve ser utilizada no máximo até aos três anos de idade, sendo recomendável que até esta idade o bebê pare de usar a chupeta ou já esteja usando bem menos.

– Certifique-se que o tamanho da chupeta é apropriado à idade do seu bebê, procurando essa informação nas embalagens. Em caso de dúvida, contate o vendedor.

– Ao comprar uma chupeta deve lavá-la primeiro com água quente e sabão, enxaguando bem para esterilizar o acessório. Não hesite em realizar esta ação sempre que considerar necessário.

– Faça o seu bebê largar a chupeta aos poucos, limitando gradualmente o horário em que ele a pode usar até que já não lhe sinta a falta.

 

Material

Quanto aos materiais e formatos da chupeta separei algumas informações importantes:

– As chupetas de silicone costumam ser mais resistentes, duráveis e menos porosas. Contudo, existem certos tipos de chupetas de látex também de ótima qualidade.

– As chupetas com bicos ortodônticos de forma inclinada permitem ao bebé posicionar melhor a língua e a base achatada, faz com que os lábios estejam um pouco mais longe. Esta forma é benéfica para o desenvolvimento da cavidade oral.

– O formato côncavo proporciona melhor conforto e é mais anatômico. Os furinhos evitam que haja asfixia, caso a chupeta seja engolida, aumentando a segurança do material.

– Quanto a ter ou não argola deve observar se o seu bebê força a sua dentição contra ela. Se for o caso, deve substituí-la por uma chupeta sem argola.

 

BPA – Nunca perto do bebê!

Uma dica importante para mamadeiras e chupetas, e até pratinhos, copos de transição, ou qualquer item do bebê, é que em hipótese alguma, pode ter BPA na sua formação.

BPA significa Bisfenol A, uma substância química, um composto utilizado na fabricação do policarbonato, um tipo de plástico rígido e transparente. É o monômero mais comum entre os policarbonatos empregados em embalagens de alimentos e presentes por exemplo no revestimento interno de latas para evitar a ferrugem. Apesar do plástico ser considerado estável, já se sabe que as ligações químicas entre as moléculas do BPA são instáveis, permitindo que o químico se desprenda do plástico e contamine alimentos ou produtos embalados com policarbonato ou resina epóxi. No caso de aquecimento do plástico, a contaminação por BPA é ainda maior.

E onde é encontrado o BPA?

– Em grande parte das mamadeiras de plástico;

– Em embalagens plásticas para acondicionar alimentos na geladeira, copos infantis, materiais médicos e dentários;

– Nos enlatados, como revestimento interno;

– Em garrafas reutilizáveis de água (squeeze), garrafões de 5L;