Historicamente, o surgimento da pílula anticoncepcional foi um avanço da saúde e um grito de mulheres ao direito de controlar a própria fertilidade. A pílula teve um papel fundamental na emancipação feminina e na revolução sexual, mas 55 anos depois ainda há polemica quanto aos efeitos que esse medicamento pode provocar no corpo da mulher. O Blog Homeopatia e Saúde, uma publicação da Clínica Similia – Homeopatia de qualidade em São Paulo – Região da Av. Paulista, vinculada ao Dr. Ariovaldo Ribeiro Filho e a Dra. Ana Lucia Dias Paulo, quer ajudar às mulheres a decidirem de forma consciente, conhecendo os prós e contras, se querem ou não fazer desse medicamento.
Para começar é bom lembrar, o anticoncepcional é um medicamento e como tal nenhuma pessoa deve consumi-lo sem a orientação de um médico que, ao se detectar o desejo e necessidade, vai solicitar exames para poder indicar o melhor para cada pessoa. Dito isso, é bom também lembrar, que apesar da facilidade que o anticoncepcional proporciona, o uso do preservativo é obrigatório, pois o medicamento em si não previne as DST.
Conheça os pontos positivos do uso do anticoncepcional
– Fim da TPM – o anticoncepcional é responsável pelo fim, ou pela diminuição drástica dos sintomas da TPM – Saiba mais sobre a TPM.
– Melhora da oleosidade da pele – o uso dos hormônios ajudam a controlar a oleosidade da pele.
– Redução do fluxo menstrual – como o anticoncepcional bloqueia a ovulação, o útero não tem todo o ciclo, não recebe o óvulo, por isso o fluxo menstrual também diminui. É comum, também, o fluxo ser escuro, com aparência de borra de café.
– Ajuda a prevenir o câncer – O uso continuo do anticoncepcional ajuda a prevenir câncer de ovário e de endométrio. Se houver casos de câncer na família, porém, a mulher deve informar o médico, pois cada caso deve ser avaliado antes de iniciar o método.
– Forma reversível de controle de natalidade – com o uso do anticoncepcional, quando a mulher decide engravidar, basta ela parar de tomar o medicamento. O seu organismo volta a se preparar mensalmente para a chegada de um bebê.
– Menstruação regular – com o uso do medicamento, os ciclos menstruais ficam regulares.
– Tratamento – o anticoncepcional é indicado para o tratamento de algumas doenças como miomas e ovários policísticos.
Conheça alguns dos riscos do uso do anticoncepcional
– Trombose – estima-se que o uso dos hormônios aumente o risco de a mulher sofrer trombose. Caso aja alguém na família que teve essa doença, a pessoa seja fumante, sedentária, obesa, diabética, hipertensa ou com alguma doença cardiovascular é importante informar ao médico, que vai fornecer o veredito sobre o uso ou não da pílula.
– AVC – Além da trombose, os mesmos fatores acima citados, com o uso dos hormônios presentes no anticoncepcional há um aumento de chances de sofrer um AVC (acidente vascular cerebral).
– Varizes – Algumas combinações hormonais presentes em algumas das pílulas anticoncepcionais podem provocar varizes. Se você tem tendência ao aparecimento de varizes, converse com o seu médico sobre isso.
– Diminuição do desejo sexual – algumas pílulas podem diminuir a libido. Se isso acontece com você, converse com o seu médico.
Mitos e verdades
Algumas histórias contadas, porém, não passam de mitos. Conheça algumas delas
– A proteção só começa a valer na segunda cartela – Na verdade, a partir do primeiro comprimido, e se consumido de forma correta, diariamente, no mesmo horário, o anticoncepcional já apresenta proteção a partir do primeiro comprimido.
– Infertilidade com o consumo prolongado – Não há nenhuma relação da infertilidade ao consumo prolongado do medicamente. Nem há nenhuma evidência de infertilidade, mesmo que momentânea, após parar de consumir o remédio.
– Antibiótico corta o efeito do anticoncepcional – a maioria dos antibióticos não produzem esse efeito, porém, informe ao médico se utiliza anticoncepcional se for ser medicada.
– Pausas constante – Para mulheres que usam o anticoncepcional por muito tempo, costumava-se indicar uma pausa, a cada 2 ou 3 anos, de alguns meses sem o uso do medicamento, mas, como os medicamentos atualmente contém uma dosagem bem pequena dos hormônios, não é mais necessária essa pausa.
– Troca de dosagem periodicamente – Há relatos que dizem que com o tempo o anticoncepcional provoca outros efeitos colaterais. Isso acontece porque o organismo se adapta ou reage àquele hormônio sintético. Para evitar isso, recomenda-se a constante avaliação e, se necessário, mudança de dosagem, para adequação do organismo.
– Lactação e amamentação – pode-se tomar, mas é indicado o uso do hormônio progesterona, que não interfere no leite.
Adolescente
Gravidez indesejada é ruim em qualquer idade, mas na adolescência os impactos são ainda maiores e mais duradouros. As jovens, ao descobrir que está grávida, interrompe os estudos, o que afetará, não apenas a sua vida, como também à dos seus filhos, com oportunidades econômicas e sociais. Sem falar que na adolescência a mulher correr mais riscos durante o parto.
Por isso, após a menarca, a primeira menstruação na menina, é importante levar a adolescente ao ginecologista e, caso indicado por ele, controlar o consumo do medicamento junto à menina. Vale sempre lembrar que uma educação transparente e consciente ensina e mostra as consequências.
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