ser mulherCerca de 30% da população feminina é afetada por esse mal, por isso o Blog Homeopatia e Saúde e os doutores Ariovaldo Ribeiro Filho e Ana Lucia Dias Paulo detalham tudo que você precisa saber sobre esse assunto.

O que é?

A Síndrome dos Ovários Policístico é um distúrbio que interfere no processo normal de ovulação em virtude de desequilíbrio hormonal que leva à formação de cistos. O aparecimento de cistos durante o processo de ovulação faz parte do funcionamento dos ovários, mas eles desaparecem a cada ciclo menstrual.

Quando a mulher sofre dessa síndrome, os cistos permanecem nos ovários e mudam a sua estrutura. Isso faz com que o ovário cresça até três vezes mais na sua largura do que o tamanho costumeiro durante a ovulação.

A disfunção pode levar à secreção de hormônios masculinos (androgênios) em excesso. A portadora da síndrome ovula com menor frequência e tem ciclos, em geral, irregulares. Estima-se que cerca de 20% das mulheres em idade fértil são afetadas por essa síndrome.

ovario-policisticoCausa

É difícil determinar os fatores que levam o desenvolvimento dessa disfunção. Acredita-se que a origem seja genética, porque há 50% de chance de desenvolvê-la nas irmãs ou filhas de uma mulher que possua o distúrbio. Também há fortes indicações de que sua origem esteja ligada à produção exagerada da insulina pelo próprio corpo. O desequilíbrio hormonal pode ser ocasionado pelo aumento exagerado de insulina no organismo.

Sintomas

Os sintomas mais comuns podem incluir:

  • Ciclos irregulares.
  • Diminuição da frequência de ovulação.
  • Dificuldade para conseguir engravidar.
  • Desenvolvimento de: doenças do coração, diabetes tipo 2 e obesidade.

Porém, existem casos em que há uma produção muito grande de hormônios masculinos. Nessas situações podem ser vistos sinais bem específicos, como:

  • Manchas na pele. Muitas vezes nas axilas ou na parte de trás do pescoço.
  • Aumento fora do comum da oleosidade da pele; e às vezes, por consequência, o aparecimento de espinhas e cravos.
  • Uma acentuada e anormal queda de cabelo.
  • Aumento incomum do peso corporal.
  • Crescimento acentuado de pelos nas regiões do baixo ventre, queixo, seios, e buço.

Diagnóstico

É necessária uma avaliação médica para ser diagnosticado, e exames específicos para comprovação. É preciso saber se os sintomas não são causados por problemas com a tireoide ou a glândula suprarrenal. Não basta só um ultrassom isolado para diagnosticar a síndrome. Os exames mais comuns solicitados pelos médicos são:

  • Dosagem dos hormônios Estradiol, FSH, LH, TSH, S-DHE, Testosterona total, e 17-OH progesterona (entre o 2º e 3º dias do ciclo menstrual).
  • Ultrassom pélvico.
  • Curva de insulina comparativa com a curva de glicemia.

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Tratamentos

Pode-se controlar essa síndrome com remédios alopáticos. Os ginecologistas costumam indicar o uso de anticoncepcionais hormonais como pílulas e anéis vaginais, que protegem os ovários e diminuem os níveis de hormônios masculinos e de insulina.

Mulheres que querem engravidar precisam usar anticoncepcionais hormonais, no início do tratamento, para estabilizar os períodos de menstruação e suspender o uso de anticoncepcional depois da regularização da menstruação. Esse tratamento aumenta a chance de ovulação e gravidez.

Outra maneira de aumentar as chances de gravidez são os produtos que induzem a ovulação. Caso a mulher com a síndrome tiver altos níveis de insulina, os médicos usarão remédios para diminuir a produção dessa substância. Durante a gravidez, esses remédios podem ser usados até a 36ª semana de gestação.

Outros cuidados

Para controlar os sintomas, os médicos sempre orientam as pacientes terem dietas mais leves. Isso é mais aconselhado ainda quando existe obesidade. Normalmente, é indicada a prática de exercícios físicos, para benefícios mais potencializados. E em alguns casos, são indicados tratamentos com cosméticos sob a orientação de um dermatologista.