Você sabe diferenciar os sintomas dos três vírus que são transmitidos pela aedes aegypti? No texto dessa semana vamos explicar para você saber identificar. Mas não esqueça, a prevenção é o melhor remédio.

Similia dengueMal começa o verão e já nos sentimos mais preocupados com as doenças que surgem a partir do aedes aegypti, conhecido como mosquito da dengue. Os números registrados, até dezembro de 2015, apontam para mais de 750 mil casos das doenças derivadas da dengue.

Zyka e Chikungunya são duas doenças com sintomas bem semelhantes aos da Dengue e derivam também do mosquito aedes  aegypt. Embora tenham a mesma procedência e vários sintomas iguais, é muito importante que se saiba reconhecer e identificar cada uma delas e seus sintomas.

Dengue

Por ser a primeira vinda do mosquito transmissor, é a doença mais conhecida por nós, brasileiros. Seus sintomas são:

  • Febre alta, com duração de 02 a 7 dias.
  • Dor de cabeça intensa
  • Dor no corpo
  • Dor atrás dos olhos
  • Dor nas articulações
  • Manchas avermelhadas no corpo, com possível coceira
  • Inflamações no fígado
  • Dor abdominal

Nos casos mais graves da dengue, a medicina registra sintomas perigosos, como:

  • Sangramento de nariz e gengiva
  • Vômitos
  • Sonolência
  • Prostração
  • Hipotensão.

Zyka ou Zika Vírus

O primeiro caso dessa variação da dengue surgiu em 2015, possivelmente na Bahia. De início, é freqüentemente confundida com um quadro de alergia, mas o diagnóstico final acontece após exames específicos e por exclusão de outras doenças.

Os sintomas são:

  • Febre, nem sempre tão alta
  • Dores no corpo
  • Conjuntivite
  • Diarréia
  • Manchas pelo corpo.

similia saúdeNo caso do Zika há duas outras complicações, e por isso, torna o vírus mais perigoso. A primeira e mais comentada pelas mídias, afeta mulheres grávidas e seus fetos. Provoca Microcefalia. Essa anomalia impede o crescimento normal do cérebro do feto, ainda no útero, e a criança nasce com esse órgão numa proporção menor e será portadora de necessidades especiais.

Outra complicação de casos de contágio pelo Zyka está sendo relatado com uma posterior complicação de outra doença auto-imune, chamada de Sindrome de Guillán-Barré. Na Sindrome de Guillán-Barré o sistema imunológico do corpo ataca parte do próprio sistema nervoso por engano. Isso leva à inflamação dos nervos, que provoca fraqueza muscular, impedindo o paciente de se movimentar e até mesmo prejudicando o sistema respiratório.

 

Chikungunya

Os primeiros casos foram registrados no final de 2015, vindos do Amapá. De setembro de 2015 para cá, foram registrados mais de 2.000 casos da doença, que tem se espalhado com força e rapidez. Felizmente, é uma das variações transmitidas pelo mosquito com baixíssimo índice de morte. Os sintomas da Chikungunya são:

  • Dor nas articulações, principalmente pés e mãos.
  • Febre alta e repentina
  • Manchas avermelhadas
  • Dor de cabeça
  • Dor muscular
  • Erupções na pele, brancas ou avermelhadas
  • Enjôos

Como as três doenças são bem parecidas, cujos sintomas diferem apenas na intensidade e na duração, o diagnóstico clínico deve ser feito somente após a realização de vários exames de sangue, que vão medir os níveis de plaqueta e coagulação e controlar o avanço ou a estabilidade da doença. O ministério da saúde divulgou que está sendo desenvolvido um teste que será capaz de identificar qual dos três vírus está afetando a pessoa, mas esse processo pode demorar ainda dois anos.

Entre a Zyka e a Chinkungunya, o índice de mortes é bem baixo em comparação com a Dengue, e as duas primeiras são muito confundidas por apresentarem semelhança extrema de sintomas e condições físicas.

Na Chinkungunya, as dores nas articulações podem permanecer por meses e até mesmo anos, o que retira muito da qualidade de vida do paciente, enquanto que na Dengue, os sintomas são mais severos durante o período ativo da doença, e na Zyka, os sintomas são mais leves e muitas vezes, o paciente sequer sente algum incomodo físico importante, podendo até mesmo nem perceber que foi infectado.

Em todas as três variações da doença causada pelo Aedes, a recomendação é a mesma: muito repouso não apenas na fase crítica, mas até mesmo quando estiver se sentindo um pouco melhor, hidratação intensa e constante. Vale lembrar que o uso de medicamentos a base de ácido acetilsalicílico (do tipo aspirinas) e antiinflamatórios não hormonais não são recomendados.

É importante ressaltar que em toda doença, apenas um profissional da saúde qualificado e habilitado pode reconhecer os sintomas e ministrar o tratamento adequado. Somente um médico é capaz de realizar o diagnóstico correto após os exames e orientar quanto ao tratamento a ser seguido.

Prevenção

A campanha “Se o aedes aegypti pode matar, ele não pode nascer” foi uma das frases mais fortes e mais honestas que o Ministério da Saúde já usou. Então a melhor prevenção é evitar que o mosquito nasça. Evitar água acumulada e parada em qualquer situação. Cuidar para que os vizinhos tenham o mesmo cuidado. E no caso de terrenos abandonados e locais públicos, denunciar.

Procure sempre um médico de sua confiança!