Família é a base de toda criança. E todo mundo que convive com ela vai ajudar na formação da personalidade, caráter, crenças, gostos e diretrizes. O Blog Homeopatia e Saúde, vinculado à Clínica Similia – Homeopatia em São Paulo, na região da avenida Paulista, conversou com a Dra. Ana Lucia Dias Paulo, homeopata e pediatra, para entender como filtrar os diversos exemplos e estímulos que seu filho vai ter para seguir.
Crianças aprendem por exemplos. Não basta falarmos “não faça” se fizermos. O ditado “faça como eu falo e não faça como eu faço” não funciona para crianças, pois elas irão imitar tudo que fizermos. Por isso filhos de pais que fumam tendem a fumar, filhos de pais que bebem, tendem a beber, e assim por diante. Mas e quanto aos exemplos que não controlamos?
Crianças vão conviver e aprender com muitos estímulos de pessoas diferentes, desde a família, pai, mãe, irmão, passando pelos parentes mais próximos, como avôs e tios, pessoas que frequentam a casa dos pais ou responsáveis, até colegas de escola, professores, possíveis empregados que possam ter. E por ai vai uma infinidade de exemplos para os pequenos. E a dúvida vem: como filtrar o que o filho aprende?
Para a Dra. Ana Lucia Dias Paulo, as crianças são como imitadores, repetindo os gestos, atitudes, falas, etc. dos adultos. Ela explica que mesmo quando algum exemplos familiar não seja o mais adequado, a convivência com a família é importante. “Aconselho os responsáveis e os adultos em geral que convivam com a criança. Explico que o mais importante é ter bom, quando não há consenso sobre um tema. O importante é encontrarem um caminho do que é bom ou não fazer na frente da criança”, explica Dra. Ana Lucia Dias Paulo, pediatra e homeopata.
A maior confusão que existe na cabeça das crianças é principalmente em relação aos avôs. Os pais muitas vezes necessitam da ajuda dos avôs para a criação e nesse ponto pode haver uma divergência em relação à criança. Dra. Ana Lucia explica que os avôs já foram pais, e que muitas vezes, pela experiência que eles possuem, vale a pena ouvir o que eles têm a falar, antes de negar esse aprendizado. “Mesmo o mundo tendo mudado, tecnologias sido criadas, os avôs têm muita experiência, pois já foram pais, então acolha com carinho e amor o que eles têm para ensinar e, se chegar à conclusão que quer educar seu filho diferente, tente explicar para os avôs o motivo”, recomenda Dra. Ana Lucia Dias Paulo.
Dra. Ana Lucia ressalta que quando os pais precisam confiar em alguém a educação dos filhos, sejam avôs, babás ou educadores, no caso de escolinha, eles precisam também entender que esses filhos terão outros exemplos. “Precisa haver um vínculo de confiança com os cuidadores, pois a criança não pode sofrer com falta de confiança dos pais. Claro que quando há sinais de maltrato, ou algo preocupante, os pais devem investigar, mas no geral, os pais precisam confiar que o melhor está sendo feito”, instrui Dra. Ana.
Para tudo na vida indicamos o bom senso e o amor. Cada família tem uma situação econômica, uma composição familiar, uma realidade, mas quando há amor na equação, a solução chega. As mulheres que estão na faixa dos 30 e poucos, que são mães hoje, provavelmente conviveram muito com os avôs, pois naquela época era comum as avós cuidarem dos netos para os filhos, noras e genros trabalharem. Hoje ainda há muita avó que toma conta dos netos, assim como tem famílias que preferem colocar na escolinha, ou ainda contratar alguém para tomar conta. Toda composição familiar que lida com amor e respeito mútuo e pela criança, gera bons exemplos para as crianças.
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