O último texto da série Ser Mulher, o Blog Homeopatia e Saúde começou a abordar as várias formas da mulher trazer à vida seus filhos. Falamos sobre o perigoso número o de partos cesarianos em comparação com o parto natural e do parto sem dor realizados no Brasil. (Leia). No texto que segue, vamos entender outros aspectos dessa hora tão importante para a mulher e para o bebê. Leia e compartilhe, pois, a informação pode ajudar na escolha de quem precisa.
“Multiplicarei os sofrimentos de teu parto; darás à luz com dores” (Gên.3:16).
Humanizando
Tendo em vista que a dor é parte do processo de trazer uma criança ao mundo, a humanização dessa etapa tão importante da vida da mulher vem ganhando força nas conversas e consultas das gestantes. Mas nem tudo que é dito é verdade.
Para a Doula Maria Elaine Valadão dos Santos, o termo “humanização” vem sendo deturpado. “Humanizar vai muito além das velas, do som ambiente e do obstetra ‘gente boa’. Tem a ver com respeito à vida e ao momento da mulher como um todo, desde informação real, baseada em evidências científicas de observação da fisiologia humana, à recepção menos traumática do bebê durante seu nascimento”, explica Elaine. Ela acredita que não interferir nas escolhas da mulher é parte do processo de humanizar o parto. “Humanizar é prestar assistência profissional ao parto sem interferir. Afinal, são 200 mil anos de técnicas aprimoradas pelos nossos ancestrais até que estivéssemos falando em humanização, ” conclui a doula.
Para o Dr. Eliezer Berenstein, parto humanizado é todo o parto em que saúde emocional do casal é absolutamente preservada, seja via abdominal ou vaginal. “A vinda do bebe ao mundo é respeitada e transformada em uma experiência amorosa e segura. Alguns procedimentos são comuns no parto humanizado, como evitar a colocação do foco cirúrgico diretamente nos olhos do bebe e evitar tramas acústicos, mantendo a sala com música suave e vozes aconchegantes. Manter o cordão umbilical até que o bebê assuma sua respiração. Não virar o bebê de cabeça para baixo e preconizar o contato pele a pele com a mãe e a amamentação na primeira hora de vida”, completa o obstetra.
Doula x Parteira
Nesse processo de humanização o papel da doula ganha espaço nos pré-natais e até mesmo nas salas de parto. A palavra “doula” vem do grego “mulher que serve”. Nos dias de hoje, aplica-se às mulheres que dão suporte físico e emocional a outras mulheres antes, durante e após o parto. A doula não é a parteira, é apenas uma conselheira, acompanhante que, por ter experiência de auxiliar dezenas de mulheres, consegue ter a mente mais clara para aconselhar e tomar decisões de emergência.
Nossa entrevistada explica que um parto nunca pode ser realizado por uma doula. “Doulas são acompanhantes treinadas em oferecer apoio físico, emocional e informativo durante a gestação, parto e puerpério. Não somos profissionais que executam procedimentos durante o parto, sejam eles os mais simples”, recomenda Elaine.
Já as parteiras podem contribuir e até mesmo realizar um parto simples. Especialista em partos normais, essa profissional – que normalmente têm formação de enfermeira obstetra ou obstetriz – é cada vez mais requisitada nos grandes centros por mulheres em busca de uma experiência natural e afetiva no nascimento dos filhos. Tudo isso, é claro, sem abrir mão da segurança.
Para a enfermeira obstetra Fernanda Alves Blanca, integrante da equipe do Dr. Eliezer Berenstein, a figura da parteira é da verdadeira heroína, principalmente fora dos grandes centros do Brasil. “Vemos com bons olhos quando profissionais capacitados dedicam-se a esta especialidade, principalmente quando visto a obstétrica abandonada dos sertões brasileiros, onde a figura das parteiras são a realidade. Entendemos que há a obstetrícia de baixa complexidade e previsão de parto otimista (mães e fetos saudáveis) e a gravidez de alta complexidade por patologias da mãe ou feto capazes de complicar o parto a ponto de se necessitar de uma equipe especializada multidisciplinar. Para essa segunda hipótese, o médico é imprescindível”, completa Fernanda.
A Homeopatia
A homeopatia pode contribuir nesse processo todo, pois pode acompanhar a saúde da mãe e do bebê que ainda está no ventre. Algumas medicações homeopáticas não têm contraindicação para gestantes e podem ajudar a manter a energia e a imunidade da gestante, bem como diminuir a ansiedade e o nervosismo da mãe.
Procure sempre um médico se sua confiança e oriente-se antes de decidir qual a melhor forma de trazer seu bebê ao mundo.
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