Muitos casais que esperam o seu primeiro filho, e muitos no segundo ou até terceiro, têm dúvidas de como o pai pode ajudar com os pequenos, seja recém-nascidos ou um pouco maior. Como criar um vínculo entre os bebês e os pais tão forte como com as mães. Por isso o Blog Homeopatia e Saúde conversou com a Dra. Ana Lucia Dias Paulo, pediatra e homeopata da clínica Similia, e tirou todas as dúvidas sobre esse assunto. Leia, informe-se, opine.
Quando um bebê nasce, nasce uma mãe e um pai. Essa frase tornou-se famosa. É amplamente utilizada pela mídia, inclusive na publicidade. As mães, carregam dentro de si o bebê por meses, e por isso têm já embutido uma ligação forte com a crianças. Por isso, é de extrema importância que o pai tenha uma participação ativa junto a mulher que está gestante. “A aproximação do pai com o bebê ainda no útero da mãe é de responsabilidade do próprio homem. Recomendo acompanhar as mães às consultas de pré-natal e participarem de cursos para casais durante a gestação, pois ambos são bons para o pai ser inserido nesse movimento da gestação”, aconselha Dra. Ana Lucia Dias Paulo.
Para a médica, na gestação, no parto e no pós-parto, ou seja, em todos os momentos, o pai pode acompanhar e participar, tornando os laços afetivos mais fortes, nessa família que está sendo criada. Porém, muitas vezes essa ação não vem de forma automática, ou seja, os homens não têm o impulso de agirem de forma a participar da vida do bebê. Para isso Dra. Ana recomenda muito amor e paciência, pois assim as mães conseguem introduzir as atividades do bebê, dividindo a responsabilidade com os pais.
“Muitos pais não estão habituados as atividades delicadas e sentem-se inseguros ao segurar um bebê no colo, por exemplo. Mas as mães precisam ter confiança nos parceiros, que estão aprendendo. Se existe amor na equação, o equilíbrio é encontrado antes. Pois com amor o parceiro perceberá que nesse momento não só o bebê, mas a mãe precisam de cuidados”, explica Dra. Ana Lucia.
Atividades que um pai pode fazer em relação ao filho!
Se o bebê é amamentado, essa é, sem dúvida, a única atividade que apenas a mãe poderá fazer, todas as demais ações um pai pode desenvolver com a melhor forma possível. “Dar banho, trocar fraldas, colocar pra dormir, acalmar o bebe no colo, dar papinha, mamadeira, etc.. Excluindo mamar no peito, todas as outras atividades poderão ser compartilhadas e executadas pelo pai”, diz Dra. Ana Lucia.
Ligação com o bebê, mesmo antes do nascimento
Como já dissemos no abre dessa matéria, a mãe carrega o bebê e, por isso, tem uma ligação com ele, pois durante o tempo que ele passa no ventre dela, compartilham os mesmos sentimentos, angústias e alegrias. O pai, muito vezes, é excluído desse período, mas vale lembrar que se ele quiser pode, e deve, criar os laços de afeição com seu filho.
“Recomendo que os pais falem com seus bebês, ainda no ventre nas mães, acariciando a barriga, e ficando o mais próximo que puder dela. Conversar, cantar. Dessa forma, a voz do pai poderá ser reconhecida quando o bebê nascer”, aconselha a pediatra.
Para concluir, vale lembrar que cada família constitui uma sociedade individual, onde as regras e paradigmas servem para aquele núcleo. Por isso é importante que o casal encontre a melhor forma de equilíbrio nessas ações. “Cada família pode viver em sua casa da maneira que acredita ser sua própria verdade. Vejo que pais trocam fraldas, embalam os bebes e fazem tudo relativo ao novo membro da família desde que tudo seja acordado entre o pai e a mãe. Vejo sempre que a chegada de um filho gera sempre uma adaptação do casal, e para isso eles devem se preparar, pois ficarão algum tempo sem sair de casa, sem cinema ou para programas noturnos, nem só do casal. Mas vejo que onde existe amor e colaboração tudo será ajustado para que exista harmonia cada vez maior da nova família” conclui Dra. Ana Lucia Dias Paulo, médica, pediatra e homeopata.
Deixar um comentário