Ofereça alimentos diferentes – como vegetais e hortaliças – com regularidade e deixe a criança se acostumar com o sabor
Muitos pais se preocupam com a alimentação dos filho, achando que ele come mal. O ideal, como para os adultos, é que a refeição das crianças tenha carboidratos, proteínas, vegetais, hortaliças, cereais – e que o prato apresente, pelo menos, alimentos de cinco cores diferentes. Metade de tudo o que é consumido no dia deveria “vir do chão”: ou seja, brócolis, couve, cenoura, vagem, alface, maçã, banana, laranja, pera e todos os outros vegetais, horatliças e frutas devem fazer parte do cotidiano das crianças.
É preciso que os responsáveis saibam que oferecer os alimentos com regularidade é uma das formas de adaptar o paladar das crianças ao sabor desses alimentos. E que essa oferta será mais bem recebida se for feita antes dos dois anos de idade.
Como oferecer
Estudos de Universidades como a de Leeds, no Reino Unido, sugerem que cada alimento deve ser oferecido para as crianças de 5 a 10 vezes, antes que os pais aceitem, definitivamente, a recusa. E esse alimento deve ser apresentado de diversas formas, para que a criança possa identificar se, com uma outra forma de preparo, o alimento lhe parece apetitoso.
A Nutricionista Gabriela Kapim, que apresenta o programa Socorro! Meu filho come mal, no GNT, dá como exemplo as cenouras: “o legume pode ser servido cru, cortado em rodelas, ralado, cozido… Se a criança não gosta da cenoura normal, você pode oferecer a baby. Da mesma maneira, os adultos podem inovar no preparo dos alimentos e das refeições. Que tal substituir a farinha de mandioca por couve flor na hora de preparar uma farofa? Já pensou em usar mandioquinha (batata baroa) para fazer chips assados, ao invés de fritos?”, sugere a especialista.
Pode esconder?
Kapim ressalta que inovar no preparo não quer dizer que você deva mascarar o alimento em meio a outro – como colocar legumes no feijão, por exemplo! – nem esconder os vegetais e hortaliças. Segundo ela, é muito mais produtivo mostrar para a criança o que ela está comendo. “Tente envolvê-la no processo. Vá ao mercado, apresente alimentos diferentes, desperte a sua curiosidade. Depois, vá para a cozinha e coloque a mão na massa”, explica.
“A criança sempre deve saber o que está comendo. Além do que, esconder é enganar a criança e ninguém gosta de ser enganado. O melhor é ser honesto e apresentar novos alimentos. É importante que a criança conheça novos sabores e o próprio paladar”, justifica a nutricionista, que comanda o programa toda terça-feira, às 21h30.
Ao incluir os vegetais e hortaliças os pais e responsáveis asseguram uma dieta saudável e muito mais completa para as crianças. Vale lembrar que elas ficam mais relutantes em experimentar coisas novas após os dois anos de idade – mas isso não te impede de tentar! Uma alimentação desregrada, repleta de guloseimas, fast food, frituras e com ausência de vegetais, hortaliças e frutas pode levar a diversos problemas de saúde, como colesterol alto e sobrepeso – problemas cada vez mais comuns no universo infantil.
Tente outra vez!
Por isso, seja persistente! Ofereça ao(s) seu(s) filho(s) legumes, saladas, uma refeição variada e saudável. Se ele recusar, tente novamente! Mude a forma de preparo e, até mesmo, de apresentação do prato. Certamente você vai conseguir fazê-lo gostar da comida – e nunca mais terá que reclamar que o seu filho come mal!
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